domingo, 4 de maio de 2014

O Híbrido

O  meu rosto estava grudado a folhas secas, e a terra entrava nas minhas unhas, machucando minha carne. Olhei em volta e me apavorei imediatamente. Uma floresta.

O que acontecera noite passada? Lisa e Cauê tinham feito o estúpido jogo do copo. Típico de adolescente, você sabe. Apenas me lembro de brigas e muito sono. Muito sono.

E aqui estou eu, sozinha com os corvos e assustada demais para conseguir andar. Os gritos dos corvos ecoavam pela floresta e terminavam no vácuo. O céu estava puramente cinza, com manchas em preto, escuro como um beco no meio da noite. Minha cabeça e meus pés estavam doendo, não esquecendo dos dedos doloridos. Barulhos de todos os lugares, de todas as direções. Gravetos, corvos, urros, terra molhada.

“Que diabos está acontecendo aqui?”, sussurrei. E então, eis que aconteceu.

Uma grande pata sobressaiu das raízes na floresta densa. Aquilo não era exatamente um cão, mas sim, era algo parecido. Enorme, para mais informação. O tamanho de um homem era aquela criatura que curiosamente andava sobre as quatro patas. Grande híbrido.

No desespero, me joguei para trás. Tentei ao máximo possível ficar longe, mas a floresta colaborava para me deixar encurralada.

Toda a floresta se silenciou. Havia apenas eu e a criatura.

Me olhando, me analisando. Me olhava com fome, com quase malícia nos grandes olhos vermelhos sangue. E lá eu podia ver, todas as almas que aquele híbrido agarrou e saciou sua miséria. Eu poderia sentir a dor, consumindo minha carne, meu próprio espírito.

“Vocês invocaram… A curiosidade nem sempre é para ser seguida, humana.”, pela primeira vez eu ouvira uma voz tão irada. Tão rouca e certamente, não era apenas uma voz. Eram sussurros junto.

Sem nenhuma previsão, ele veio. Rápido e brusco, direto no pescoço. Uma dor profunda me invadia, minha alma. Ele a tomou.

E eu estava suando. Minha cama amarrotada e quente. A janela aberta me dava vista para o céu, escuro e sem estrelas. Uma noite solitária.

“Foi só um sonho. Apenas um sonho”, repetia em minha mente. Mas havia algo, algo que me fazia não acreditar nisso. Talvez, seria aqueles enormes olhos sangue me olhando pela porta do armário. Eu sentia o enorme sorriso que a criatura esboçava, pronta para me pegar desprevenida, sozinha no meu quarto escuro.

 Cuidado com seu armário, ninguém sabe o que pode se esconder lá, não é mesmo?

Fonte: http://www.legiaodomedo.com.br

quarta-feira, 30 de abril de 2014

(+18) Tripas - Chuck Palahniuk (Conto do livro Assombro)


Esse conto é do escritor Chuck Palahniuk, autor de Clube da Luta. Ele está no livro "Assombro" lançado e esgotado no Brasil.

Basta dizer que pelo menos 73 pessoas desmaiaram durante as leituras públicas desse conto que compõe o livro, gente que não teve estômago para suportar a aspereza da história, apesar do sarcasmo atenuador de Palahniuk. Para compreender tamanha comoção, só mesmo lendo...

Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa história deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre “fio-terra”. Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: “sagacidade de escadas.” Em francês: esprit de l’escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa….

Enquanto você desce as escadas, então – mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer… melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmãos mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d’água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nais quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmão no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo.

Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás… mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então… eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida.

Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d’água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na árgua turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o qual nem os franceses falam.

Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos “Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça…,” os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cú……

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga… mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, “Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque.” E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim….

Precisava disso como precisaria de dentes no cú.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era maluco.”

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, “Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo….”

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram mais isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você. Agora você pode respirar.

Eu ainda não.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A verdade por trás da morte da mãe de Super Shock

Todos aqui conhecem o famoso desenho doSuper Shock certo? SuperShock é uma série animada produzida pela Warner Bros. Television, que fala sobre um garoto afro-americano chamado Virgil Hawkins que ganhou poderes eletroestáticos ao ser exposto por um estranho gás. Com isso Virgil passou a ser um super-herói e logo se inicia o famosos desenho infantil. Mas há uma coisa, Virgil sente um ódio de armas de fogo, pois sua mãe, Jeanie Hawkins, foi morta, há 5 anos, por uma bala perdia durante um tiroteio entre gangues rivais. Mas será que essa é a verdadeira história?

Quando Jeanie ficou grávida de Virgil ela contou ao seu marido, Robert Hawkins, sobre sua gravidez. Contudo, Robert não ficou nada alegre com isso e, sendo assim, passou a agredi-lá brutalmente até que, no último mês de gravidez, Jeanie fugiu com medo de que seu marido fizesse algo ao bebê quando nascesse.

Virgil, o futuro Super Shock, nasceu e Jeanie já estava segura de leva-lo para casa. Mas quando chegou em casa Jeanie notou sua casa estava "quebrada" e suja e, além disso, encontrou Robert e sua filha Sharon (irmã de Virgil) deitados no chão. Quando Robert notou a presença de sua mulher sacou uma arma e apontou para Jeanie e disse: "Você fugiu de mim e eu não gostei nem um pouco disso..."
Ao dizer isso, a tela fica totalmente preta com alguns ruídos e pode-se ouvir gitos desesperados de uma mulher e choros de um bebê e de uma criança. Quando tudo volta ao "normal", são exibidos 15 minutos com apenas uma imagem de Robert te encarando e sorrindo ironicamente.

Passaram-se anos até o primeiro episodio de Super Shock quando ele fica exposto a um estranho gás que o transforma emmetahumano, carregando consigo a mentira do pai lhe falando que a sua mãe morreu durante um tiroteio entre gangues.

Como o criador de Super Shock não gostava de crianças ele fez o desenho que seria exibido para adultos, mas quando mostrou o episódio piloto para emissora, eles não gostaram e exigiram que o fizesse de forma que pudesse ser transmitido para crianças e assim surgiu oque acreditamos ser o primeiro episódio de Super Shock deixando o episódio da morte da mãe de Virgil perdido...

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A hora morta - O mais tenebroso momento da madrugada

Existe um estudo sobre um certo momento da madrugada que chama a atenção, passa-se entre as 3:00 e 3:59 da manhã. Por algum motivo diversas pessoas com depressão acordam essa hora e se sentem muito mais tristes que o normal. Assim como há muitas pessoas que não tem depressão mas que despertam e só conseguem voltar a adormecer depois das 4:00. Uma das hipóteses para isso é que esse é o auge da madrugada e que a frequência energética das pessoas fica muito baixa nesse momento, até mesmo a de batimentos do coração, e graças a isso há esse efeito.

No entanto para aqueles do meio místico de diversas crenças, existe uma outra explicação para isso, essa é a chamada Hora Morta. A hora morta trata-se do momento em que portais para outro mundo são abertos e espíritos ficam com uma influência muito maior sobre a terra, deixando assim um momento perfeito para muitos serem atormentados, tendo pesadelos ou mesmo vendo vultos, ouvindo vozes ou até vendo aparições perfeitas de espíritos.

Muitos daqueles que fazem trabalhos para oferecer a espíritos, usam a meia noite para isso, mas há quem prefira as 3 da madrugada para aproveitar a hora morta e ter uma ligação direta com entidades. E também há aqueles que usam a hora morta como o momento máximo para terminarem de fazer seus rituais começados a meia noite pois se o galo cantar, será arruinado.

Uma das explicações é que existe um fuso horário onde diversos espíritos voam constantemente, ele fica do lado negro da terra e de acordo com o que ela gira, esse fuso horário cheio de espíritos passa por cima do lugar. É o momento em que as pessoas estão em seu sono mais profundo e também mais vulneráveis.

Existem diversos relatos de pessoas que acordam durante a hora morta e vão ao banheiro ou beber água, e é quando veem algo. Por isso se você acordar nesse horário, pode ser que você seja apenas o seu corpo reagindo à baixa frequência energética, ou pode ser algo pior...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O Visitante

Desde os meus cinco anos, sempre recebi um estranho visitante  em meu quarto todas as noites. Não sei quem ele é ou de onde vem, mas como ele sempre aparecia e nunca tentou me fazer mal, resolvi deixa-lo ficar.

Ainda lembro da primeira noite que eu o vi; não tenho certeza se foi realmente a primeira vez que ele estava ali ou se eu não o tinha percebido antes. Eu tinha acabado de acordar de um pesadelo e estava olhando por todos os cantos do meu quarto quando o vi sentado em cima de uma estante em um canto.

Uma criatura estranha, não era tão alto quanto eu naquela época. Braços e pernas anormalmente longos e finos, com uma pele negra colada aos ossos, e seu corpo parecia envolto por uma estranha aura negra. Bandagens brancas cobriam toda a cabeça, então eu não podia ver o rosto dele.

Tudo o que posso dizer, é que ele parecia não ter um pescoço. Assustado com essa coisa terrível, pulei da cama imediatamente e corri para chamar a minha mãe, mas quando retornei para o meu quarto, a criatura já havia desaparecido. E é claro que a minha mãe acho que a criatura era apenas parte do pesadelo que tive.

Acabei desistindo de tentar convencer a minha mãe de que a criatura era real, e ao invés disso, decidi me acostumar com a presença dele. Ele sempre senta no mesmo lugar em cima da estante, e eu nunca o vi entrar ou sair. Sempre que mudávamos os móveis de lugar, ele continuava escolhendo a estante para sentar. Uma vez tiramos a estante do quarto, e ele passou a sentar no chão. Eu não conseguia suportar o pensamento de tê-lo sentado ali tão perto de mim, e implorei para que a estante finalmente voltasse para o meu quarto.

A única vez que vi a criatura reagir a alguma coisa foi em uma noite quando apontei a luz de uma lanterna para a cabeça dele. Quando fiz isso, ele soltou um grunhido baixo e irritado, virou a cabeça ligeiramente para longe da luz, e eu nunca mais repeti isso.

Toda a noite acontecia o mesmo: a criatura sentava na estante, sem reagir. Enquanto o tempo passava, eu crescia e me acostumava mais com a presença dele, mas ele nunca deixou de ser uma visão inquietante. Porém, teve uma noite em que houve uma mudança na aparência dele. Ele estava sentado e quieto como sempre, mas dessa vez as bandagens na cabeça (na região de onde estaria o rosto, se é que ele tivesse um) estavam manchadas com um vermelho brilhante.

Eu realmente não liguei muito para isso, e no dia seguinte as bandagens já estavam brancas outra vez e com o tempo acabei esquecendo o ocorrido. Porém, no ano seguinte, na mesma data, as bandagens estavam mais uma vez manchadas com um vermelho muito brilhante. Levou alguns anos para que eu finalmente percebesse que isso acontecia anualmente sempre na mesma data, e levou mais alguns anos para que eu percebesse outro estranho evento que ocorria também na mesma ocasião. Todos os anos antes que a criatura surgissse com as bandagens vermelhas, um dos vários animais de estimação da minha família desaparecia para nunca mais ser encontrado.

Agora o dia em que isso acontece já está se aproximando, e pela primeira vez desde que a criatura começou a passar a noite em meu quarto não temos mais nenhum animal na casa.

Créditos

Batidas na janela

Deito em minha cama, inquieto e solitário, em uma noite sombria e silenciosa. Viro e reviro na cama tentando encontrar uma posição confortável, mas me sinto apreensivo demais. Algo nessa noite não estava certo. Continuo me revirando e finalmente encontro uma posição confortável.

Fecho os meus olhos, mas não faz diferença, de qualquer modo o meu quarto já estáva bastante escuro e levaria algum tempo para os meus olhos se ajustarem à escuridão. Fico deitado, quieto e silencioso em uma noite fria e sombria. Meu corpo está relaxado, meus pensamentos se esvaindo, e estou pronto para um merecido descanso. Instantaneamente, o silêncio é despedaçado e a minha mente se enche com o medo enquanto meus olhos se arregalam com o susto.

Knock. Knock.

É quase inconfundível o som de um punho batendo no vidro. Mas não era, não poderia ser. O que levaria alguém a querer me acordar a uma hora dessas? Pense logicamente. Se alguém quisesse invadir a casa, por que iria me avisar antes com uma batida?

Monstros não existem. Eu poderia me acalmar e simplesmente olhar para a janela, mas eu estava virado para o outro lado e com muito medo de virar a cabeça e dar de cara com os meus piores pesadelos do outro lado da janela. O que poderia ser então? Talvez alguns pássaros se batendo em minha janela. Não, muito surreal. Um grupo de pássaros poderia estar voando no meio da noite? Batendo em algumas janelas e assustando algumas pessoas só para se divertirem? Deixe-me pensar melhor, talvez seja apenas a minha imaginação. Talvez eu ouvi apenas o típico ranger da casa e em minha paranoia acabei confundindo com uma batida.

Knock. Knock.

Não, dessa vez definitivamente não foi a minha imaginação. Droga! Só pode ser algum pivete idiota esperando que eu apareça na janela para que ele possa me assustar e jogar pedras em mim. Não, não devo pensar nisso. Tenho que parar com essa paranoia. Além disso, ele está lá fora, e eu estou aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada eu sei que estou seguro. Monstros não existem. Eu ainda não reagi, talvez esse pirralho pense que não estou aqui ou que tenho um sono pesado e vá embora.

Knock Knock.

Não deve ser uma criança. Nenhuma criança ficaria tanto tempo esperando por uma reação minha; ela já teria se entediado e ido embora. Então, o que seria? Por que um serial killer me escolheria entre tantas pessoas? Pense logicamente. Monstros não existem. Não fique paranoico. Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Mas, e se não for um monstro ou algum tipo de assassino, o que seria? Eu só tenho que dormir e talvez ele vá embora.

Knock. Knock.

Oh Deus! Não consigo pensar em um barulho que eu possa odiar mais do que essas batidas persistentes! Por favor, vá embora! Deixe-me em paz! Não tenho como escapar. Ele vai entrar e fazer coisas terríveis comigo! Tenho que respirar fundo. Posso sentir meu coração pulando em meu peito. Só tenho que relaxar.

Monstros não existem. Lembre-se, ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Não posso deixar o medo me dominar. Só tenho que dormir e não mover um musculo.

Knock. Knock.

Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Monstros não existem. Só tenho que dormir e rezar para que essa coisa vá logo embora.

Knock. Knock.

Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro.

Lágrimas de medo começam a escorrer pelo meu rosto. Monstros não existem. Monstros NÃO existem. Começo a sussurrar para mim, “Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro.”

Knock. Knock.

NÃO AGUENTO MAIS ISSO! Vou ficar maluco ouvindo essas batidas! Se eu pudesse pelo menos ver o quê esta fazendo isso eu ficaria em paz! Tenho que respirar fundo. E repetir mais uma vez, “Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro.” Tento respirar calmamente. Meu coração parecia que ia estourar a qualquer momento. Lentamente começo a virar a cabeça para olhar a janela.

Meu coração afunda em meu peito e o medo quase me deixa paralisado.

Eu virei a cabeça para o olhar a janela.

Eu virei a cabeça para perceber que a criatura pálida com olhos negros brilhantes e um sorriso assustador já estava aqui dentro o tempo todo... batendo em minha janela.

Créditos

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Familyvacation1.com

Olá galera, sou novo no blog, esse é meu primeiro post. Espero que gostem
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Esses são os relatórios recuperados do detective aposentado Davis Lombard. Esses relatórios são da época em que o detetive trabalhava no caso que agora é conhecido como “O Senhor dos Túmulos”. Pouco tempo depois de sua aposentadoria e eventual morte, a delegacia onde trabalhava foi destruída por um incêndio cuja causa é desconhecida.

Um amigo meu, que trabalha na área de casos arquivados, conseguiu esses relatórios. Eu não sei o motivo, mas ele me pediu que não os perdesse... e não deixasse que fossem pegos. Eu não sei quem poderia tentar tomar esses relatórios de mim, mas aqui estão eles. É melhor digita-los e espalha-los para que o caso não seja esquecido. (Nota: Os fatos relatados ocorreram no verão de 2004 em Richmond, Virgina.)

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04/06/2004

O caso de hoje é particularmente cruel e anormal. Uma família de 4, todos enterrados em uma cova rasa no quintal, e sem digitais. As crianças foram violentadas, estranguladas, e enterradas. Os pais também foram enterrados, com os braços e pernas quebrados. Os ossos estavam partidos em vários pedaços. Seja quem for esse miserável… é um filho da mãe doente.

27/06/2004

O assassino atacou outra vez, e agora ele foi mais ousado e brutal. Ele atacou uma casa em um condomínio fechado. Uma família de 3. Outra vez o mesmo cenário. Criança violentada, estrangulada e enterrada. Pais com braços e pernas quebrados e enterrados enquanto ainda estavam vivos.

Mas dessa vez o miserável incendiou a casa e deixou uma mensagem enrolada em um pedaço de papel na boca da mãe. Eram letras difíceis de compreender, mas depois de uma boa análise a frase “EnTerraDOs E LimPos” poderia ser lida.

17/07/2004

Tentamos chamar os federais, mas eles também não conseguiram descobrir muita coisa sobre esse louco. Ele nunca deixa fluidos ou digitais. Nunca deixa falhas.

02/08/2004

Acho que finalmente descobrimos uma conexão entre as duas famílias. Parece que ambas visitaram o site familyvacation1.com. Encontramos esse site após analisar o papel onde o filho da mãe deixou a mensagem, havia um pequeno logo do site estampado no papel.

Checamos o computador da primeira família e descobrimos que eles visitaram o site dois dias antes de serem mortos. O site oferece férias de qualidade com preços razoáveis. O site pedia um endereço, o telefone e o pagamento quando um representante fosse enviado ao endereço. Achamos que entregando o endereço de um dos nossos pontos poderíamos pegar esse tal de representante e leva-lo em custódia.

05/08/2004

Eu… por onde começo?

Hoje tentamos preparar a ‘armadilha’ para o representante, mas enquanto esperávamos no endereço marcado o telefone tocou de repente. A pessoa, ou... seja lá quem foi que estava na outra linha, falou com uma voz rouca, “Não pode me enganar” e desligou. Como ele sabia? Será que estava nos espionando?

08/08/2004

Mais casos e mais corpos estão surgindo. Não sei o que fazer. Enquanto escrevo isso sinto que estou lentamente perdendo a minha sanidade. Tudo parece tão irreal. Meu psicólogo me recomendou que tirasse uma folga. Ou talvez me aposentasse. Mesmo assim tenho que continuar de olho no caso.

28/08/2004

Visitei o site mais uma vez. Dessa vez havia um vídeo. O vídeo mostrava uma figura encapuzada andando por uma rua escura e cortava rapidamente para uma apresentação de slides mostrando fotos de famílias, algumas reconheci como as famílias que já foram mortas e outras... eram as famílias dos meus colegas oficiais incluindo... a minha. Estou escrevendo esse relatório para mostrar que o caso está indo além da Virginia ou mesmo do país.

O site tem links para outros sites associados. Sites em linguagem Russa, Francesa, Alemã, Espanhola... quem estiver lendo isso, saiba que o melhor a fazer é se afastar desses sites que pedem endereço, cartão de crédito, ou telefone, mesmo aqueles que parecem legítimos. Confiem em mim, eles não são o que parecem. Se você --------- (fim do relatório)

(O detective Lombard foi encontrado enterrado no quintal de sua casa agarrado aos relatórios. Dois dias depois todas as evidências do caso foram perdidas em um incêndio. Nada foi recuperado.)

Créditos

Uma garota, de 15 anos, conhecida pela história pelo nickname “girl”,  decidiu que já era grande o bastante para ficar em casa sozinha, e dispensou a viagem com seus pais no final de semana. Além do mais, se qualquer coisa ocorresse ela teria o seu fiel cachorro para a proteger.

Quando a noite chegou, ela trancou todas as portas e tentou trancar todas as janelas mas uma se recusava a fechar. Após muito insistência,  desistiu e  deixou a janela destrancada. Tomou um banho e foi dormir. Seu cachorro tomou seu lugar de costume embaixo da cama.

No meio da noite ela acorda por causa de um som de gotas vindo do banheiro. Ela estava muito assustada para ir ver o que era.  Estendeu sua mão para baixo da cama e sentiu uma lambida. Isso a tranquilizou e ela voltou a dormir. Mais tarde, acordou novamente por causa do som das gotas. Insegura, estendeu novamente sua mão para baixo da cama, sentiu uma lambida e voltou a dormir. Mais uma vez ela acorda, estende a mão e sente a lambida.

Incomodada com o som das gotas, ela se levanta e lentamente anda até o banheiro. Os sons dos pingos vão ficando mais alto de acordo que ela ia se aproximando. Chegando ao banheiro e liga a luz. Nesse momento presencia uma cena horrível: pendurado no chuveiro estava seu cachorro com a garganta cortada e o sangue caindo na banheira.

No espelho do banheiro, algo chama sua atenção. Escrito no espelho com o sangue de seu cachorro estavam as palavras “HUMANOS TAMBÉM SABEM LAMBER”. A garota entrou em desespero! Saiu correndo, pela porta da frente, até a fazenda mais próxima. Até hoje não sabem quem matou seu cão.

Ex-satanista: Detalhes do plano espiritual Illuminati


O objetivo de satanistas é, eventualmente, têm espíritos demoníacos materializar sob a forma de seres benevolentes. De acordo com um ex-Illuminati, eles vão usar rituais, portais de dimensão e sacrifício de sangue para fazer isso acontecer.

Marcos escreve:

"Por que a elite gastar centenas de anos estudando esses rituais, gematria, numerologia, etc? Por que alguns passam a vida inteira estudando essa porcaria? Se isso não funcionar, eles simplesmente se cansar dele e vai gastar seus milhões, em Mônaco.

Muitas testemunhas dizem que os espíritos realmente aparecer. Eu pessoalmente conheço pessoas que viram e até mesmo falar com eles. Muitos são muito terra-a-terra de pessoas (um engenheiro de software para, por exemplo).

Vivemos em um mundo onde as pessoas adoram uma parede onde a água formou uma imagem de Maria ou um brinde com o rosto de Jesus.

Eu me pergunto o que aconteceria se essas aparições espirituais tornaram-se comuns. Pessoas wlll precisa de outra explicação além daquela dada pelos meios de comunicação, sobre os alienígenas benevolentes.

por Marcos

Os portais

Henrymakow

A tema recorrente na TV e filmes é o conceito de portais que enviam viajantes de uma dimensão ou universo para outro.

Por exemplo, "Stargate", apresentado este conceito, bem como estrangeiros e ascensão espiritual.

Mesmo os Smurfs esperar por um alinhamento específico celestial, a fim de abrir um portal para o nosso mundo.

Um livro, Rastros fazer Oculto, de autor brasileiro, Daniel Mastral, pode explicar a recorrência do tema nos meios de comunicação.

Mastral costumava ser um satanista de alto nível, criados especificamente para liderar o grupo no Brasil, mas em vez disso ele virou-se para Cristo e se tornou um evangélico.

No livro, ele afirma que o ocultismo, magia e satanismo buscar a abertura de portais e de comunicação com os maus anjos caídos, ou demônios.

O conhecimento acumulado esotérica de todos os tempos foi passada por demônios em forma de rituais, a fim de abrir estes portais e afastar as pessoas de Deus, assegurando a sua condenação. Miséria gosta de companhia.

O autor diz-nos que no Antigo Egito, Satanás prometeu uma aliança para alguns. Essas pessoas, que se tornaram os membros Escola de Mistérios, são conhecidos como a Irmandade dos "Filhos do Fogo". 

De acordo com Mastral, existem dois tipos de portais: portais para o corpo e portais para a Terra.

Portais para o corpo

Portais para o corpo permitir demônios para interagir e controlar os seres humanos.

O ritual mais básico é a canalização, onde um meio permite uma conversa espírito através de sua boca, dispensando aconselhamento e comandos.

Sacrifícios de sangue, símbolos, música, drogas e meditação especial permitir um maior nível de apego demoníaca e, conseqüentemente, mais poderes espirituais para o seguidor.

Esses poderes são os truques ocultos clássicos de adivinhação, telepatia (em mensagens de fato entregues por demônios), a criação de fogo, telecinese, etc, que não são melhorias sobre o indivíduo, mas apenas atos cometidos pelos espíritos para se parecer com a pessoa "evoluiu ".

Grande parte da doutrina dos chakras eo despertar do espírito kundalini (demonização total) está na verdade abertura de portais corporais aos demônios.

Seguidores mais avançados podem deixar seus corpos e realizar a projeção astral, onde eles se movem em torno de seus espíritos, enquanto seus corpos estão descansando.

Nessa condição, eles também podem visitar e interagir com espíritos demoníacos.

Toda a hierarquia no satanismo depende de energia e do nível do demônio que está "residente" com a pessoa, seu protetor.

Normalmente as pessoas com laços familiares longas com o ocultismo tem os demônios mais poderosos por seus lados. Demônios fortes pode realmente causar doença e criar acidentes e brigas entre os satanistas são comuns.

Felizmente, eles não podem prejudicar os verdadeiros cristãos, que são protegidos pelo Espírito Santo e os anjos de Deus.

Portais para a Terra

Portais para a Terra são mais complicadas. De acordo com Mastral, a realidade é composta de nove dimensões que se sobrepõem no espaço, mas são separados na prática.

Ele nos dá a metáfora de um elevador. Espíritos de dimensões mais elevadas pode descer para os andares inferiores, mas ninguém pode subir.

Nós vivemos na quarta dimensão. Abaixo de nós existem vários demônios poderosos que foram presos por Deus como julgamento. Lúcifer é o único espírito maligno para visitar o avião nono e mais elevada.

Alguns portais são temporários e alguns, os mais importantes, são permanentes. Portais temporários dependem momento exato e alinhamento especial das dimensões, e este conhecimento está além de nossa ciência ou percepção.

É por isso que os ocultistas obcecado com a numerologia, gematria e astrologia, pois essas são as ferramentas que permitem que os cálculos a serem realizados a fim de lucrar com os portais de entrar em contato com espíritos de alto nível.

A necessidade de sacrfício de sangue

Espíritos malignos não pode se manifestar no meio da Quinta Avenida. Eles precisam da energia forte criada em rituais de sangue, a fim de materializar. Mas uma vez o ritual termina, eles devem ir. Contato mais estável só pode ser alcançado através de portais.

Portais permanentes são o objetivo principal de satanistas (eles gostam de ser chamados filhos de Lúcifer, com o stress na última sílaba).

De acordo com Mastral, há 90 deles e 72 foram abertas na virada do século. Mais nove foram abertas em 2006, eo último dos nove últimos serão em 2013. As condições exactas para as aberturas desses portais são conhecidos apenas por poucos bruxas do mais alto nível.

Podemos esperar que requerem grandes quantidades de sacrifício humano e energia psíquica. Uma grande honra dado a um satanistas é ser capaz de passar por um destes portais e conhecer os poderes demoníacos em sua "própria casa". Neste processo, há uma mudança temporal, com minutos na Terra significa horas no outro plano (muito parecido com o que acontece em "alienígenas" abduções).

A abertura destes portais é a razão que temos visto desde os anos 1950 tantas manifestações espirituais, tais como OVNIs, orbes de luz e aparições, às vezes em plena luz do dia.

Esperança de Satanás é que com a abertura dos portais últimos, demônios poderosos de dimensões inferiores será capaz de vir à Terra e, eventualmente, interagir com a humanidade.Eles não vão apresentar-se como demônios, mas como alienígenas benevolentes e espíritos evoluídos de luz.

Híbridos e D.n.a

Mastral dizer-nos que alguns indivíduos humanos estão realmente habilitadas por mudanças no seu DNA.Isso pode acontecer de três formas: espíritos demoníacos sexuais (incubus e succubus) pode transportar o sêmen entre os seres humanos, um homem possuído por demônios pode fertilizar uma mulher, ou, muito raramente, um casal pode passar por um portal e ter relações sexuais do outro lado.

Em todos os casos, mais elevada a energia afecta DNA do embrião de uma maneira que faz com que seja mais fácil para o indivíduo para interagir com bebidas e um canal para ser mais potentes poderes psíquicos.

As pessoas normais não pode ficar perfeita posse de demônios de alto nível, o corpo iria morrer, e é por isso canalizadores são sempre exausto depois de uma "sessão".

O objetivo dos satanistas 'é, eventualmente, aperfeiçoar um ser humano que pode ficar uma posse completa de um demônio muito alto e poderes exposição nunca vista na Terra. Essa pessoa pode mesmo existir hoje, e ele será o anticristo.

Conclusão

Explicações Mastral de coincidir com o que sabemos sobre Escolas satanismo e Mistério. Mesmo se você não acredita nesta realidade espiritual estranho, você deve estar muito preocupado que a nossa elite globalista faz, e que necessitam de sangue humano para os seus planos.

Vivemos na era da externalização de Alice Bailey da Hierarquia, quando segredos seculares ocultas serão reveladas. Os bandidos sabem que nós sabemos o que eles estão fazendo, e devemos esperar que a guerra aberta em breve.

No entanto, este não é um material de guerra, que é espiritual: temos Deus do nosso lado e os seus anjos para nos proteger. Mastral próprio decidiu deixar o grupo quando ele enfrentou o fato de que os demônios não podia tocá-cristãos.

Satanás sabe que será derrotado, e quer levar tantos como ele pode com ele, enquanto enganando-os com a promessa de vitória sobre Deus.

Em última análise, temos que lembrar as palavras de Jesus: "Eu sou o caminho [...] nenhum vem ao Pai senão por mim" Deus nos deu um "portal" para uma dimensão superior e perfeita evolução, através do sacrifício de. Seu Filho.

Felizmente, não há rituais, sacrifícios ou a escravidão de nossa parte é necessária. Esse é o segredo Satanás não quer que saibamos.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O Inferno de Chaves

Sartre escreveu em sua famosa peça “Entre Quatro Paredes”, de 1945, que “o inferno são os outros”. Não existe uma definição universalmente aceita sobre o conceito de in­ferno na tradição teológica ocidental. Segundo o historiador Jean Delumeau, no livro “Entrevistas Sobre o Fim dos Tempos”, o catolicismo tradicional, apoiando-se em Santo Agostinho, apregoava a “existência de um lugar de sofrimento eterno para aqueles que tiverem praticado um mal considerável nessa vida e dele jamais se tenha arrependido”. Essa noção, um tanto incongruente com a imagem de um Deus misericordioso, não prosperou fora do imaginário po­pular, sendo substituída pela so­lução do Purgatório, desenvolvida no século II, sobretudo, por Orígenas. Nin­guém mais estaria condenado para sempre, embora, excetuando-se os santos, todos tivessem que passar por um período variável de purificação, com a garantia da salvação ao final. Santo Irineu discordava. Para ele, “os pecadores confirmados, obstinados, se apartaram de Deus, também se apartaram da vida”. Portanto, após o julgamento final, os condenados seriam simplesmente apagados da existência. 

A polêmica continuou pelos séculos dos séculos, com novos debatedores: Tomás de Aquino, Lutero, Joaquim de Fiore. Na literatura, Dante e Milton criaram visões poderosas do inferno. O trio de condenados de Sartre, os cenobitas sadomasoquistas de Clive Barker e os pecadores amaldiçoados de Roberto Bolaños são recriações contemporâneas perturbadoras. 

Sim, Roberto Bolaños. Não, não se trata do falecido ficcionista chileno Roberto Bolaño (1953–2003), autor do calhamaço “2666”. O Bolaños com S é um artista infinitamente superior. Refiro-me ao ator, escritor e diretor mexicano Roberto Gómez Bolaños, apelidado, num exagero quase perdoável, de Chespirito, ou “Pequeno Shakespeare” à mexicana. Ele é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis representações do inferno em qualquer das artes: o seriado “Chaves”. Se, conforme ensinou Baudelaire, “a maior artimanha do demônio é convencer-nos de que ele não existe”, podemos concluir que esse mesmo demônio não iria apresentar seus domínios por meio de estereótipos: escuridão, chamas, tridentes, lava. Em “Chaves”, verdadeiramente, “o inferno são os outros”.


Bolaños encheu sua criação de sinais que devem ser decodificados para que se revele seu verdadeiro sentido de auto moralizante. O primeiro e mais importante é o título. Originalmente, o seriado chama-se “El Chavo Del Ocho”, ou traduzindo do espanhol: “O Moleque do Oito”. Ninguém sabe o verdadeiro nome do protagonista, que nunca foi pronunciado. Cha­mam-no apenas de “Moleque”. O nome próprio Chaves é uma adaptação brasileira, uma corruptela da palavra “chavo”. É certo que um “chavo”, ou “moleque”, é quem faz molecagens; quem subverte a ordem do que seria moral e socialmente aceito como correto. Em livre interpretação, o “moleque” é um pecador. Portanto, o seriado trata de pecados. Não de pecados mortais, pois do contrário dificilmente seus personagens gerariam simpatia, mas, com certeza, de pecados capitais. 

Ao contrário do que muitos acreditam, o protagonista não mora em um barril, mas na casa número 8. Sendo órfão e morador de rua, foi recolhido por uma idosa, que jamais foi mostrada; e que talvez não exista. Se existir é a morte materializada, pois habita o 8. Basta deitar o numeral 8 que obtemos o símbolo do infinito. A morte é infinita, pois não há vida antes da vida e após a vida volta-se a condição anterior. A vida pode ser medida pelo tempo, o antes e o depois é, por definição, infinito. O nada infinito, a graça infinita ou a purgação infinita. 

Essa vila do “8” nada mais é do que um pedaço do Inferno, especialmente preparado para receber seus hospedes, mortos e condenados no julgamento final. Uma variação cômica de “Entre Quatros Paredes”, onde duas mulheres e um homem (além de um mordomo… mas o comunista Sartre não considerou o representante da classe proletária um personagem pleno) são obrigados a se suportarem mutuamente pela eternidade, num ciclo infindável de acusações e violência. Não é difícil imaginar a cena: Chiquinha chuta a canela de Quico e faz seu pai pensar que o menino foi o agressor, enervado Seu Madruga belisca Quico, que chama Dona Florinda, que acerta um tapa no vizinho gentalha, que descarrega a raiva no Moleque, que atinge o Seu Barriga quando ele chega para cobrar o aluguel. Enquanto isso, o professor Girafales, queimando de desejo, bebe café, com um buquê de rosas no colo, sem desconfiar a causa, motivo, razão ou circunstância de tanta repetição. 

O cenário é um labirinto rizomático, sem centro, começo nem fim. Saindo da vila caem em uma rua estreita que leva a um pequeno parque, um restaurante e uma apertada sala de aula. As variações, como Acapulco, são exceções que confirmam a regra. O universo dos personagens se resume a esse espaço claustrofóbico, onde um ambiente leva a outro que leva a outro que leva a outro, indefinidamente. 

Os pecados que cometeram em vida transparecem em suas características, medos e frustrações. Chaves, o Moleque, sempre faminto, cometia o pecado da gula. Glutão inveterado, sua preferência por sanduiche de presunto indica desprezo pelas leis de Deus, que proibiu o consumo de porco, esse animal sujo e de pé fendido. Inimigo de qualquer autoridade moral, apelidou seu professor de “Mestre Linguiça”, outra referência a malfadada iguaria suína. 

Seu Madruga, que têm muito trabalho para continuar sem trabalhar, cometia o pecado da preguiça. Exigem redobrados esforços suas estratégias de fuga, para não pagar os indefectíveis 14 meses de aluguel. Que nunca se tornam 15 meses, denotando que a passagem do tempo está suspensa. Não é necessário lembrar que 7 + 7 é igual a 14 e que, na tradição crística, 70 x 07 simboliza o infinito. Da mesma forma que o 8, o símbolo de adição deitado torna-se o de multiplicação. Deus mora nos detalhes. 

A ganância de Seu Barriga é óbvia. Quem mais cobraria o aluguel mensal praticamente todos os dias? Os golpes que o Moleque lhe aplica sempre que chega a vila faz parte de sua punição. O fato de possuir como veículo uma Brasília amarela liga-o imediatamente ao país Brasil, indicando que em vida deve ter se envolvido em escândalos de corrupção. Terry Gilliam não escolhe títulos ao acaso. 

O pequeno marinheiro Quico, o menino mais rico da vila, é movido pela inveja. Sempre que vê um de seus pobres vizinhos se divertindo com um surrado brinquedo, cobiça aquela alegria simplória e vai buscar um dos seus, sempre maior e melhor, mas que nunca lhe dá satisfação. O brinquedo do outro, mesmo sendo obviamente inferior, sempre lhe parece mais interessante. Um círculo vicioso de inveja, jamais saciada. 

Chiquinha é marcada pela personalidade intolerante, raivosa. Imitando o Pateta, usava o automóvel como uma arma potencializadora de sua ira. Morrendo em uma briga de trânsito, na vila, tenta fazer o mesmo com o triciclo. Não foram poucas as vezes que atropelou pés e brinquedos. Mas a musa que canta a ira do poderoso Aquiles não se ocupa da ira insignificante de Francisquinha. Sendo a menor e fisicamente mais fraca da vila, só lhe resta chorar, chorar e chorar. 

Dona Florinda e o Pro­fessor Girafales foram libertinos do porte do Marquês de Sade e Messalina (ou os próprios). Mestres na arte da luxúria, acabaram condenados a eternidade de abstinência sexual. Frigida e impotente, a mente almeja, mas o corpo não acompanha. Consomem infindáveis xícaras de café que, com propriedades estimulantes, alimentam ainda mais o fogo que não podem debelar. O professor Girafales fuma em sala de aula não porque “El Chavo Del Ocho” foi gravado antes da praga politicamente correta, mas devido ao fato dele ser portador do célebre cacoete pós-coito de acender um cigarro, fazer um aro de fumaça no ar e perguntar “foi bom para você?”. Incapaz de cumprir a primeira parte do ritual erótico, involuntariamente reproduz a segunda. Não por acaso, a trilha sonoro de seus encontros é a mesma de “… E o Vento Levou”. A frase final do filme é “amanhã será outro dia”. Na vila, sempre haverá outro dia e outra xícara de café. 

Dona Clotilde, a bruxa do 71, padecia de extrema vaidade. O gênio de Bolaños teve a sutileza de convidar uma ex-miss, a espanhola Angelines Fernández, para interpretar a personagem. Novamente o signo de uma condenação eterna aparece: 71 nada mais é do que 7+1=8. O animal de estimação de Dona Clotilde, significativamente chamado de Satanás, chama atenção para outro elemento importante. A presença de diversos demônios errantes na vila. Trata-se de uma besta transmorfa. Em alguns episódios satanás é um gato, em outros um cão. Diferente do paradoxo do coelho-pato de Jastrow, Wittgenstein e Thomas Kuhn, que servia ao desenvolvimento da razão, o gato-cão é uma representação do misticismo, o cão em “pessoa”. 

Em 1589 o teólogo Peter Binsfeld, no livro “Binsfeld’s Classification of Demons”, estabeleceu que cada um dos sete pecados capitais possui um patrono infernal. Sintoma­tica­mente, Lúcifer, nome pelo qual muitos chamam satanás, gera a vaidade. Os outros são Asmodeu que gera a luxúria, Belzebu a gula, Mammon a ganância, Belphegor a preguiça, Azazel a ira e Leviatã a inveja. Não nos enganemos: eles rondam a vila. Aparecem circunstancialmente, para promover desordem, dor e tentação. 

Se o gato-cão Lúcifer/Satanás ajuda a difundir o boato de que Dona Clotilde é uma bruxa, me parece óbvio que a bela menina Paty e sua tia Glória são Belzebu e Belphegor metamorfoseados em súcubos, demônio sexuais femininos, prontos para atiçar outros apetites no Moleque e tirar Seu Madruga de seu estado de letargia. Por sua vez, o galã de novelas Hector Bonilla, que visitou a vila, nada mais é do que Asmodeu na forma de um íncubo, demônio sexual masculino, com a missão de tumultuar a relação do casal de libertinos castrados. Nhonho é Mammon, instigando o pai avaro a gastar. Popis é Azazel, esmerando-se em despertar a ira de Chiquinha com sua futilidade enervante. Godinez é Leviatã atiçando a inveja de Quico, com suas respostas tão certeiras quanto involuntárias ao Mestre Linguiça. Figuras de pouca relevância como Dona Neves, Seu Furtado, os jogadores de ioiô, os alunos anônimos na escola, os clientes do restaurante, o pessoal do parque e do festival da boa vizinhança, além de outros coadjuvantes, são entidades demoníacas menores, com a função de criar a ilusão de normalidade. 

De fato, os frequentadores da vila parecem inscientes de sua condição. Os adultos por serem alto centrados. As crianças por estarem duplamente amaldiçoados, regredidos a condição infantil, talvez como espelho da imaturidade emocional que os levaram a conduta pecadora. Enquanto muitas pessoas sonham em possuir a experiência da maturidade em um corpo jovem, eles mantiveram o corpo que possuíam na hora da morte, mas quase sem nenhuma experiência. Essas são as sutilezas da burocracia infernal. 

O carteiro Jaiminho, em sua função de portador de mensagens, é o único representante do lado de cá. Um médium que tenta fazer contato com essa outra dimensão. Seu constante estado de fadiga é resultado do esforço sobre-humano necessário para cruzar as dimensões. Prova disso é a descrição que Jaiminho dá de sua terra natal, Tangamandápio. A despeito de existir de fato, sendo localizada a noroeste do Estado mexicano de Micho­acán, trata-se de uma alegoria. Se­gundo o carteiro, tudo em Tangamandápio é colossal. Seria maior do que Nova York e teria uma população de muitos milhões de habitantes. O que poderia ser tão grande? Obviamente, ela não se refere a uma única localidade isolada, mas a todo o planeta; a terra dos vivos. As cartas que transporta são psicografias e a bicicleta que nunca larga, apesar de não saber andar, nada mais é do que um totem, ao estilo de “A Origem”, necessário para que possa voltar para realidade. 

Em “El Chavo Del Ocho”, Bolanõs, o Camus asteca, criou sua própria versão do mito de Sísifo. O Moleque e companhia estão condenados a empurrar inutilmente por uma ladeira íngreme essa imensa pedra chamada cotidiano, que sempre rola de volta, obrigando-os ao tormento do eterno retorno. A pedra de Quico é quadrada, não rola, desliza. É cômico, apesar de trágico.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

MARIA PADILHA - História

Um rei casado com uma princesa, que se apaixonou por uma bela e jovem feiticeira, parece conto de fadas, porém é a história de uma das mais importantes pombas-gira.
Está é a história da rainha Maria Padilha.

Nascida na Espanha Medieval teve o amor do rei Dom Pedro I de Castela, o qual foi chamado de "O CRUEL", pelo povo espanhol. Foi amante do rei, Maria de Padilha que era uma jovem muito sedutora. Viveu entre o ano de 1.300 à 1.400. Dom Pedro de Castela já estava noivo de Dona Blanca de Borbon, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com Dom Pedro, porque este estava já para assumir o Reinado do pai, no ano 1350. Dom Pedro I de Castela, não queria casar-se com Dona Blanca de Borbon, mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.

Dom Pedro I de Castela era único filho do rei Afonso XVI com a rainha Dona Maria de Portugal.

Guerreiro cheio de honra e coragem vindo assumir o trono de Castela em 1.350. A cidade de Andaluzia no sul da Ibéria tornou-se capital do reino unido de Castela. Maria de Padilha foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela (O cruel). Padilha fez junto a uma árvore, um feitiço de amor, para conquistar o amor de seu rei ela preparou um espelho mágico vindo a fazer com que o rei se olha-se no espelho mágico sem saber que estava sendo enfeitiçado pelo poder do espelho.

O feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno. Através deste feitiço, Dom Pedro se apaixonou por Padilha loucamente. Maria de Padilha e o Rei de Castela as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito pela família e tampouco pela corte.

Maria de Padilha trabalhava na magia com um judeu cabalista e que estes a ensinou muitas magias e através destas... conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Ele tinha barba branca e usava um capote com desenhos de sinais poderosos da magia negra, com ele ela teria aprendido a arte da Goécia, a Magia Negra. Dom Pedro fez um castelo em Sevilha a pedido da Padilha, este castelo foi feito em estilo árabe palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.

Então, Padilha passou a ficar como verdadeira rainha de Castela. Dom Pedro sua vinda ao castelo era secreta. Padilha mandou chamar uma bruxa de Andaluzia a qual era perseguida pela igreja, mas não se tinha provas de sua ligação com o Diabo, a qual fez um trabalho de amarração para Padilha onde o erotismo que uniu os amantes foi como um impulso sagrado. Em uma igreja havia um relicário onde em seu interior guardava uma relíquia, um cinto que diz ter pertencido a um santo.

Padilha então pensou se este cinto é poderoso, eu vou pegá-lo e assim retirou o velho cinto que estava ali. A seguir foi até o final da igreja onde havia uma tumba no qual estava sepultado um santo, aproximou-se da tumba, passou o cinto pelo ataúde, guardou-o e saiu. Pegou um pedaço de chumbo, derreteu, colocou em uma bacia com água e espiou La para dentro, em seguida pegou o chumbo e revirou-o para todos os lados por fim prendeu o chumbo ao cinto e levou o cinto ao seu amigo judeu Cabalista o qual trabalhou com fé e vigor no feitiço.

Terminado a magia mandou que Padilha colocasse esse cinto encantado no lugar onde estava o cinto que Dona Blanca dera ao marido. Depois Padilha foi ao nicho de São Crispim e orou batendo no peito como a uma penitente e depois esperou o resultado. Em frente ao bispo o cinto se moveu e transformou-se em uma cobra pronta a picar o rei, o cinto era igual ao que Dona Blanca havia dado ao rei assim Dona Blanca foi abandonada logo após o casamento e foi acusada de bruxaria onde o rei mandou executar a rainha, reafirmando assim o seu poder.

D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei, sendo Padilha a grande responsável pela sua execução.
Maria de Padilha de Castela, depois da morte de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha.
Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, a causa de sua morte foi por peste negra e foi sepultada nos jardins de seu castelo.

A entidade de Maria Padilha, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos.. Padilha castigada pelos seus pecados não pode entrar no reino dos céus, mas entrou no reino das trevas, poderosa comanda sua falange onde ensina e faz feitiços para atender a quem os invoca seu auxilio.

Dom Pedro dentre muitas mortes que ordenou consta a de seu irmão bastardo Dom Fradique mestre de Santiago de Compostela.
Dom Pedro I de Castela morreu nas terras de Montiel assassinado por outro irmão bastardo, Dom Henrique que o sucedeu no trono.
O corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.

Gostaria de fazer um breve comentário dizendo que este site, entre muitas intenções, a primeira e principal, é a de dar a conhecer a GRANDE MARIA PADILHA, a MINHA ADORADA E AMADA MÃE. Conta-se muitas historias sobre quem foi MARIA PADILHA, e na sua grande maioria, falsas. Visando apenas denegrir o que representa.

"O texto que selecionei, tem algumas passagens que não são verdadeiras!"

A historia do seu Zé Pilintra

José dos Anjos, nascido no interior de Pernambuco,
era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor,
mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém,
e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito.
Os policiais já sabiam do perigo que ele representava.
Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim
não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados
das pendengas em que se envolviam.
Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso,
principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.
Sua vida era à noite. Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida,
a farra, as mulheres e por que não, as brigas.
Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos,
estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse
dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos,
os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados,
a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários.
Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando
as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente
ao final das partidas. Isso bebendo aguardente, cerveja,
vermouth, e outros alcoólicos que aparecessem.

A Umbanda de Zé Pelintra é voltada para a prática da caridade – fora da caridade não há salvação -, tanto espiritual quanto material – ajuda entre irmãos – , propagando que o respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé Pelintra também prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem a qual o homem viverá constantemente em guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais, que são Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, Zé Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam em graus evolutórios superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar a quem ainda não apreendeu e compreender aquele que não consegui saber. Zé Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações pelo povo do mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz da Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução para o problema das pessoas que lhe procuram.

Zé Pelintra nasceu no nordeste, há controvérsias se o mesmo tivesse nascido no Recife ou em Pernambuco e veio para o Rio de Janeiro, onde se malandriou na Lapa e um certo dia foi assassinado depois de mexer com uma mulher de um coronel.

Assim, Zé Pelintra formou uma bela Falange de malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam, os malandros são entidades amigas e de muito respeito.

Podemos citar além de Seu Zé Pelintra, Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Seu Zé Malandrinho, Seu Malandro, Malandro das Almas, Zé da Brilhantina, João Malandro, Malandro da Madrugada, Zé Malandro, Zé Pretinho, Zé da Navalha, Zé do Morro, Maria Navalhada, etc.

Os malandros vêm na linha de exú, mas malandros não são exús!

Ao contrário dos exús que estão nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas de morros, festas e muito mais.

Saravá e muito axé para todos.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Oi gente como vão passando? Estão dormindo bem? Enfim.. Vim pra avisar que vou começar a postar uma série de publicações sobre a historia de algumas entidades da Umbanda!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Você deveria temer o sono

Você deveria temer o sono. Sabe porque? Eu vou te dizer.

Você sabia que 30% de seus sonhos são pesadelos? Os mesmos que fazem você acordar gritando e ficar encharcado de suor? E pior ainda, há uma 50% de chance em cada vez que você tiver esse sonho, você ter dificuldades para sair dele. Isso significa que você pode um dia ficar preso, em sua própria versão do inferno, e não haver nenhuma maneira para sair. Então, enquanto isso, pode ocorrer de você ter uma paralisia do sono. Isso significa que você pode ainda estar sonhando, mas você vai estar acordado, e não poderá se mover. Há também uma chance de 95% do que você pensa ser um sonho, ser na verdade outro pesadelo.

De qualquer forma, bons sonhos.

O Relâmpago

Nós tínhamos acabado de nos mudar para uma pequena casa de fazenda no subúrbio. Quieta, com vizinhos amigáveis​​, e cercas de nove metros. Basta dizer que isso significou um novo começo para mim. Havia me tornado recentemente um pai solteiro, vivendo com meu filho de três anos de idade. Precisava de um tempo para poder esquecer todo o drama e a tensão do ano anterior. Eu usava o relâmpago como uma metáfora para este novo começo: um último show de teatro antes da poeira e da sujeira do passado serem lavadas. O meu filho amava esse lugar, mesmo com as quedas de energia. Foi a primeira grande tempestade dele. Relâmpagos inundavam as salas nuas da nossa casa, fazendo ele pular e gritar enquanto o trovão ressoava. Foi bem depois da hora de dormir, antes que ele finalmente se acomodasse o suficiente para ir dormir.

Na manhã seguinte, eu o encontrei na cama acordado e sorrindo. "Eu vi o relâmpago na minha janela ", anunciou com orgulho. Algumas manhãs depois, ele me dizia a mesma coisa. "Você está sendo bobo", eu dizia. "Não teve nenhum relâmpago ontem à noite, você só estava sonhando!" "Ah..." Ele ficou um pouco desanimado. Baguncei seu cabelo e disse para ele não se preocupar, pois deve haver uma outra tempestade em breve. Mas isso se tornou um padrão. Ele sempre me dizia que observava o relâmpago fora de sua janela pelo menos duas vezes por semana, apesar de que no dia em questão não haver tempestades. Provavelmente estava tendo sonhos de sua primeira memorável tempestade, pensei.

É fácil me odiar se pensar bem. Todo mundo me diz que não havia nada que eu pudesse fazer. Eu nunca poderia imaginar que isso estava acontecendo. Mas eu tinha que ser o guardião do meu filho, e sabia que essas palavras de conforto eram inúteis. Eu constantemente revivo aquela manhã: fazia meu café, derramava leite sobre o meu cereal e pegava o jornal para ler sobre o pedófilo que tinha sido pego pelas autoridades locais. Lembro de ter lido apenas a primeira página. Aparentemente, esse cara selecionava um alvo jovem (geralmente um menino), ia em sua casa por um tempo e tirava fotos com flash dele através de sua janela enquanto dormia. Às vezes, ele fazia mais.

Meu estômago afundou quando a conexão foi feita. Na época, eu pensei que era apenas algo da imaginação de uma criança. Se eu pensar bem, sabia que havia algo errado. Cerca de uma semana antes do predador ter sido pego, meu filho veio até mim de pijama. "Adivinha", ele questionou. "O quê?" "Não há mais nenhum relâmpago na minha janela!" Eu resolvi brincar também "Oh, isso é bom, ele finalmente se acalmou, não é?" "Não! Agora ele está no meu armário!"

Eu ainda não tive coragem para ver as fotos coletadas pela polícia.

terça-feira, 1 de abril de 2014

O Slenderman

O Slender Man ou homem esguio é descrito vestindo um terno preto e, como já diz o nome, aparece muito magro e capaz de esticar os seus membros e tronco para comprimentos desumanos, a fim de provocar medo e seduzir a sua presa.

Uma vez que os seus braços estão estendidos, as vítimas são colocadas numa espécie de estado hipnótico, onde ficam totalmente impotentes. Ele também é capaz de criar tentáculos dos seus dedos e andar numa forma similar a um Octopus, Ele rapta, mata, e leva suas vítimas para um local parecido com outra dimensão. É também desconhecido como nunca existem corpos ou provas por trás do seu rasto para se deduzir uma conclusão definitiva.

Parece uma lenda, mas muitas pessoas afirmam já terem visto o Homem Esguio.
Os avistamentos normalmente acontecem a noite, perto de rios ou florestas. Tem relatos também dele ter entrado em quartos de crianças a noite, com janelas abertas. Acreditam-se também que apareceram imagens deles em fotos tiradas de crianças desaparecidas no dia em que elas sumiram...

Não se sabe muito sobre sua origem, sabe-se apenas que ele tem a necessidade de raptar crianças, e é visto bem antes do desaparecimento de uma ou várias. Ele parece preferir lugares com névoa e áreas arborizadas, como forma de esconder-se e não ser notado. É também de salientar que as crianças foram capazes de vê-lo quando não há outros adultos nos arredores.

As crianças também têm sonhos ou pesadelos sobre o “homem esguio” antes dos seus desaparecimentos. Contar essas histórias para os pais leva ao que eles sempre dizem: ”imaginação fértil”. Tem pessoas que já alegaram terem-no visto. Ele aparece principalmente à noite, e quase sempre nas áreas florestais ou próximas a rios. Ele também tem sido relatado espreitando para dentro de janelas abertas e passar na frente de motoristas solitários em estradas longas e desertas. O Slender man, já foi avistado em todos os lugares do Japão, Noruega e Estados Unidos para citar alguns.

Se há relatos? Sim há muitas fotos que correm pelo mundo na internet, na qual a presença dele é bem visível. Muitas até são antigas, mas não se sabe se a aparição é verdadeira, ou se é só montagens, mas há muitos documentários relatando a aparição dessa criatura(vídeos como o The Slender Man Documentary e o Marble Hornets),

Fotos by: Israel Almeida

quinta-feira, 27 de março de 2014

Tudo Sobre Os Illuminati

Illuminatis. Você pode até duvidar da existência deles, mas o fato é que a internet está cheia de referências a uma suposta sociedade secreta que controla todos os nossos passos, utilizando todas as formas de dominação possíveis. Para muitos, tudo isso não passa de uma lenda. Já para outros, “abrir os olhos” e enxergar a “verdade” é apenas o primeiro passo para fugir do controle.

Controvérsias à parte, talvez você não saiba qual é a real origem dos Illuminati. Eles de fato existiram no século XVIII e, teoricamente, deixaram de existir anos depois. Transformados em outros grupos e ganhando novas ramificações, eles chegaram com força ao nosso século e hoje estão mais vivos do que nunca na literatura, na internet e, é claro, na cabeça de muita de gente.

             A origem dos Illuminatis

A sociedade secreta dos Illuminati foi fundada em 1 de maio de 1776, na Baviera. O termo, que em tradução direta significa “iluminados”, dizia respeito a um grupo de pessoas que compartilhavam os ideais do movimento iluminista, em voga na Europa naquele período. Na época, os membros da sociedade tinham como objetivo divulgar o “livre pensamento”, questionando dogmas impostos em especial pela Igreja Católica.

Entretanto, oito anos após a sua fundação, o governo da Baviera, atual Alemanha, promoveu uma verdadeira caça aos grupos secretos. O grupo dos Illuminatis reunia muitas pessoas influentes e que, invariavelmente, tinham um posicionamento político contrário ao sistema vigente na época.

Entre os Illuminatis havia também muitos maçons e o seu sistema hierárquico era bastante similar aos graus adotados pela Maçonaria. A caça às sociedades secretas fez com que o grupo – que tinha cerca de 2 mil pessoas – se fragmentasse e brigas internas levaram ao fim dos Illuminati em 1788. Entretanto, o ideal permaneceria registrado na história.
                    
                     
       A era das sociedades secretas

Em 1798 o escritor Augustin Barruel, no livro “Memórias Ilustrativas da história do Jacobinismo”, revelou uma teoria bastante convincente envolvendo Cavaleiros Templários, Rosacruzes, Jacobinos e Illuminatis. Assim como os livros de Dan Brown na atualidade, a obra fez muito sucesso e muitos tomaram como verdade absoluta tudo o que era descrito na tese de Barruel.

A obra dele gerou outros livros similares e uma das publicações mais famosas e bem-sucedidas da época foi escrita por John Robinson, um maçom escocês professor de História Natural. No livro “Provas de uma conspiração contra todas as religiões e governos da Europa”, o autor afirmava que os Illuminati tinham como objetivo criar um governo mundial único. A teoria foi aceita por muitos e até hoje seus ideais prevalecem. 
      

              As novas sociedades

Embora a sociedade secreta dos Illuminatis original tenha deixado de existir, o ideal permaneceu e os seus conceitos deram origem a outras sociedades secretas. Nos Estados Unidos, um grupo chamado Skull and Bones (Caveira e Ossos) foi criado em 1832, supostamente com o mesmo objetivo de assumir o controle do mundo. Há hipóteses de ligações do grupo com a CIA, com o FBI, a Maçonaria e os Bilderbergers.

Outro grupo associado aos Illuminatis com frequência é o chamado Clube de Bilderberg. Esse último, de fato, existe e reúne cerca de cem personalidades mundiais, entre empresários e celebridades. Esse grupo, cuja lista muda todos os anos, se reúne uma vez por ano em um hotel de luxo de alguma parte do mundo para debater assuntos sigilosos.

Há quem diga que nessas reuniões eles traçam planos de dominação mundial. Entre os nomes que participam desse grupo podemos destacar Donald Runsfeld, ex-secretário de Defesa dos EUA, e Peter Sutherland, presidente do banco Goldman Sachs e da British Petroleum, duas das maiores companhias do mundo.

       Símbolos secretos e celebridades

                       
“O olho que tudo vê” e uma pirâmide são os principais símbolos dos Illuminati. Esses símbolos são bastante comuns de serem encontrados e até mesmo reproduzidos, mas basta que um deles surja para que de imediato apareçam as teorias da conspiração em torno deles. Segundo alguns especialistas, a Estátua da Liberdade, em Nova York, seria um símbolo Illuminati, contendo algumas salas secretas.

A pirâmide do hotel Luxor, em Las Vegas, seria outro monumento em homenagem à sociedade secreta. Nem mesmo as celebridades escapam das associações de envolvimento com o grupo. Barack Obama, Beyoncé, Bono Vox, Lady Gaga e até mesmo Cristiano Ronaldo são alguns dos “acusados” de pertencer ao grupo. Entretanto, nada foi confirmado até hoje.

                     Mito ou verdade

Entre os grandes mistérios modernos da humanidade, a existência dos Illuminati talvez seja um dos mais populares da atualidade. Eles de fato existem? Não é possível afirmar. Entretanto, duvidar da existência deles é exatamente o que eles esperam, podendo com isso se aproveitar da nossa fraqueza.

O ideal Illuminati teria sobrevivido aos últimos séculos e chegado intacto aos nossos dias atuais ou o que existe hoje é apenas uma ilusão criada por alguns conspiradores? A escolha de acreditar ou não na existência deles é sua.