domingo, 4 de maio de 2014

O Híbrido

O  meu rosto estava grudado a folhas secas, e a terra entrava nas minhas unhas, machucando minha carne. Olhei em volta e me apavorei imediatamente. Uma floresta.

O que acontecera noite passada? Lisa e Cauê tinham feito o estúpido jogo do copo. Típico de adolescente, você sabe. Apenas me lembro de brigas e muito sono. Muito sono.

E aqui estou eu, sozinha com os corvos e assustada demais para conseguir andar. Os gritos dos corvos ecoavam pela floresta e terminavam no vácuo. O céu estava puramente cinza, com manchas em preto, escuro como um beco no meio da noite. Minha cabeça e meus pés estavam doendo, não esquecendo dos dedos doloridos. Barulhos de todos os lugares, de todas as direções. Gravetos, corvos, urros, terra molhada.

“Que diabos está acontecendo aqui?”, sussurrei. E então, eis que aconteceu.

Uma grande pata sobressaiu das raízes na floresta densa. Aquilo não era exatamente um cão, mas sim, era algo parecido. Enorme, para mais informação. O tamanho de um homem era aquela criatura que curiosamente andava sobre as quatro patas. Grande híbrido.

No desespero, me joguei para trás. Tentei ao máximo possível ficar longe, mas a floresta colaborava para me deixar encurralada.

Toda a floresta se silenciou. Havia apenas eu e a criatura.

Me olhando, me analisando. Me olhava com fome, com quase malícia nos grandes olhos vermelhos sangue. E lá eu podia ver, todas as almas que aquele híbrido agarrou e saciou sua miséria. Eu poderia sentir a dor, consumindo minha carne, meu próprio espírito.

“Vocês invocaram… A curiosidade nem sempre é para ser seguida, humana.”, pela primeira vez eu ouvira uma voz tão irada. Tão rouca e certamente, não era apenas uma voz. Eram sussurros junto.

Sem nenhuma previsão, ele veio. Rápido e brusco, direto no pescoço. Uma dor profunda me invadia, minha alma. Ele a tomou.

E eu estava suando. Minha cama amarrotada e quente. A janela aberta me dava vista para o céu, escuro e sem estrelas. Uma noite solitária.

“Foi só um sonho. Apenas um sonho”, repetia em minha mente. Mas havia algo, algo que me fazia não acreditar nisso. Talvez, seria aqueles enormes olhos sangue me olhando pela porta do armário. Eu sentia o enorme sorriso que a criatura esboçava, pronta para me pegar desprevenida, sozinha no meu quarto escuro.

 Cuidado com seu armário, ninguém sabe o que pode se esconder lá, não é mesmo?

Fonte: http://www.legiaodomedo.com.br

quarta-feira, 30 de abril de 2014

(+18) Tripas - Chuck Palahniuk (Conto do livro Assombro)


Esse conto é do escritor Chuck Palahniuk, autor de Clube da Luta. Ele está no livro "Assombro" lançado e esgotado no Brasil.

Basta dizer que pelo menos 73 pessoas desmaiaram durante as leituras públicas desse conto que compõe o livro, gente que não teve estômago para suportar a aspereza da história, apesar do sarcasmo atenuador de Palahniuk. Para compreender tamanha comoção, só mesmo lendo...

Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa história deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre “fio-terra”. Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: “sagacidade de escadas.” Em francês: esprit de l’escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa….

Enquanto você desce as escadas, então – mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer… melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmãos mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d’água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nais quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmão no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo.

Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás… mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então… eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida.

Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d’água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na árgua turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o qual nem os franceses falam.

Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos “Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça…,” os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cú……

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga… mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, “Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque.” E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim….

Precisava disso como precisaria de dentes no cú.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era maluco.”

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, “Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo….”

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram mais isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você. Agora você pode respirar.

Eu ainda não.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A verdade por trás da morte da mãe de Super Shock

Todos aqui conhecem o famoso desenho doSuper Shock certo? SuperShock é uma série animada produzida pela Warner Bros. Television, que fala sobre um garoto afro-americano chamado Virgil Hawkins que ganhou poderes eletroestáticos ao ser exposto por um estranho gás. Com isso Virgil passou a ser um super-herói e logo se inicia o famosos desenho infantil. Mas há uma coisa, Virgil sente um ódio de armas de fogo, pois sua mãe, Jeanie Hawkins, foi morta, há 5 anos, por uma bala perdia durante um tiroteio entre gangues rivais. Mas será que essa é a verdadeira história?

Quando Jeanie ficou grávida de Virgil ela contou ao seu marido, Robert Hawkins, sobre sua gravidez. Contudo, Robert não ficou nada alegre com isso e, sendo assim, passou a agredi-lá brutalmente até que, no último mês de gravidez, Jeanie fugiu com medo de que seu marido fizesse algo ao bebê quando nascesse.

Virgil, o futuro Super Shock, nasceu e Jeanie já estava segura de leva-lo para casa. Mas quando chegou em casa Jeanie notou sua casa estava "quebrada" e suja e, além disso, encontrou Robert e sua filha Sharon (irmã de Virgil) deitados no chão. Quando Robert notou a presença de sua mulher sacou uma arma e apontou para Jeanie e disse: "Você fugiu de mim e eu não gostei nem um pouco disso..."
Ao dizer isso, a tela fica totalmente preta com alguns ruídos e pode-se ouvir gitos desesperados de uma mulher e choros de um bebê e de uma criança. Quando tudo volta ao "normal", são exibidos 15 minutos com apenas uma imagem de Robert te encarando e sorrindo ironicamente.

Passaram-se anos até o primeiro episodio de Super Shock quando ele fica exposto a um estranho gás que o transforma emmetahumano, carregando consigo a mentira do pai lhe falando que a sua mãe morreu durante um tiroteio entre gangues.

Como o criador de Super Shock não gostava de crianças ele fez o desenho que seria exibido para adultos, mas quando mostrou o episódio piloto para emissora, eles não gostaram e exigiram que o fizesse de forma que pudesse ser transmitido para crianças e assim surgiu oque acreditamos ser o primeiro episódio de Super Shock deixando o episódio da morte da mãe de Virgil perdido...

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A hora morta - O mais tenebroso momento da madrugada

Existe um estudo sobre um certo momento da madrugada que chama a atenção, passa-se entre as 3:00 e 3:59 da manhã. Por algum motivo diversas pessoas com depressão acordam essa hora e se sentem muito mais tristes que o normal. Assim como há muitas pessoas que não tem depressão mas que despertam e só conseguem voltar a adormecer depois das 4:00. Uma das hipóteses para isso é que esse é o auge da madrugada e que a frequência energética das pessoas fica muito baixa nesse momento, até mesmo a de batimentos do coração, e graças a isso há esse efeito.

No entanto para aqueles do meio místico de diversas crenças, existe uma outra explicação para isso, essa é a chamada Hora Morta. A hora morta trata-se do momento em que portais para outro mundo são abertos e espíritos ficam com uma influência muito maior sobre a terra, deixando assim um momento perfeito para muitos serem atormentados, tendo pesadelos ou mesmo vendo vultos, ouvindo vozes ou até vendo aparições perfeitas de espíritos.

Muitos daqueles que fazem trabalhos para oferecer a espíritos, usam a meia noite para isso, mas há quem prefira as 3 da madrugada para aproveitar a hora morta e ter uma ligação direta com entidades. E também há aqueles que usam a hora morta como o momento máximo para terminarem de fazer seus rituais começados a meia noite pois se o galo cantar, será arruinado.

Uma das explicações é que existe um fuso horário onde diversos espíritos voam constantemente, ele fica do lado negro da terra e de acordo com o que ela gira, esse fuso horário cheio de espíritos passa por cima do lugar. É o momento em que as pessoas estão em seu sono mais profundo e também mais vulneráveis.

Existem diversos relatos de pessoas que acordam durante a hora morta e vão ao banheiro ou beber água, e é quando veem algo. Por isso se você acordar nesse horário, pode ser que você seja apenas o seu corpo reagindo à baixa frequência energética, ou pode ser algo pior...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O Visitante

Desde os meus cinco anos, sempre recebi um estranho visitante  em meu quarto todas as noites. Não sei quem ele é ou de onde vem, mas como ele sempre aparecia e nunca tentou me fazer mal, resolvi deixa-lo ficar.

Ainda lembro da primeira noite que eu o vi; não tenho certeza se foi realmente a primeira vez que ele estava ali ou se eu não o tinha percebido antes. Eu tinha acabado de acordar de um pesadelo e estava olhando por todos os cantos do meu quarto quando o vi sentado em cima de uma estante em um canto.

Uma criatura estranha, não era tão alto quanto eu naquela época. Braços e pernas anormalmente longos e finos, com uma pele negra colada aos ossos, e seu corpo parecia envolto por uma estranha aura negra. Bandagens brancas cobriam toda a cabeça, então eu não podia ver o rosto dele.

Tudo o que posso dizer, é que ele parecia não ter um pescoço. Assustado com essa coisa terrível, pulei da cama imediatamente e corri para chamar a minha mãe, mas quando retornei para o meu quarto, a criatura já havia desaparecido. E é claro que a minha mãe acho que a criatura era apenas parte do pesadelo que tive.

Acabei desistindo de tentar convencer a minha mãe de que a criatura era real, e ao invés disso, decidi me acostumar com a presença dele. Ele sempre senta no mesmo lugar em cima da estante, e eu nunca o vi entrar ou sair. Sempre que mudávamos os móveis de lugar, ele continuava escolhendo a estante para sentar. Uma vez tiramos a estante do quarto, e ele passou a sentar no chão. Eu não conseguia suportar o pensamento de tê-lo sentado ali tão perto de mim, e implorei para que a estante finalmente voltasse para o meu quarto.

A única vez que vi a criatura reagir a alguma coisa foi em uma noite quando apontei a luz de uma lanterna para a cabeça dele. Quando fiz isso, ele soltou um grunhido baixo e irritado, virou a cabeça ligeiramente para longe da luz, e eu nunca mais repeti isso.

Toda a noite acontecia o mesmo: a criatura sentava na estante, sem reagir. Enquanto o tempo passava, eu crescia e me acostumava mais com a presença dele, mas ele nunca deixou de ser uma visão inquietante. Porém, teve uma noite em que houve uma mudança na aparência dele. Ele estava sentado e quieto como sempre, mas dessa vez as bandagens na cabeça (na região de onde estaria o rosto, se é que ele tivesse um) estavam manchadas com um vermelho brilhante.

Eu realmente não liguei muito para isso, e no dia seguinte as bandagens já estavam brancas outra vez e com o tempo acabei esquecendo o ocorrido. Porém, no ano seguinte, na mesma data, as bandagens estavam mais uma vez manchadas com um vermelho muito brilhante. Levou alguns anos para que eu finalmente percebesse que isso acontecia anualmente sempre na mesma data, e levou mais alguns anos para que eu percebesse outro estranho evento que ocorria também na mesma ocasião. Todos os anos antes que a criatura surgissse com as bandagens vermelhas, um dos vários animais de estimação da minha família desaparecia para nunca mais ser encontrado.

Agora o dia em que isso acontece já está se aproximando, e pela primeira vez desde que a criatura começou a passar a noite em meu quarto não temos mais nenhum animal na casa.

Créditos

Batidas na janela

Deito em minha cama, inquieto e solitário, em uma noite sombria e silenciosa. Viro e reviro na cama tentando encontrar uma posição confortável, mas me sinto apreensivo demais. Algo nessa noite não estava certo. Continuo me revirando e finalmente encontro uma posição confortável.

Fecho os meus olhos, mas não faz diferença, de qualquer modo o meu quarto já estáva bastante escuro e levaria algum tempo para os meus olhos se ajustarem à escuridão. Fico deitado, quieto e silencioso em uma noite fria e sombria. Meu corpo está relaxado, meus pensamentos se esvaindo, e estou pronto para um merecido descanso. Instantaneamente, o silêncio é despedaçado e a minha mente se enche com o medo enquanto meus olhos se arregalam com o susto.

Knock. Knock.

É quase inconfundível o som de um punho batendo no vidro. Mas não era, não poderia ser. O que levaria alguém a querer me acordar a uma hora dessas? Pense logicamente. Se alguém quisesse invadir a casa, por que iria me avisar antes com uma batida?

Monstros não existem. Eu poderia me acalmar e simplesmente olhar para a janela, mas eu estava virado para o outro lado e com muito medo de virar a cabeça e dar de cara com os meus piores pesadelos do outro lado da janela. O que poderia ser então? Talvez alguns pássaros se batendo em minha janela. Não, muito surreal. Um grupo de pássaros poderia estar voando no meio da noite? Batendo em algumas janelas e assustando algumas pessoas só para se divertirem? Deixe-me pensar melhor, talvez seja apenas a minha imaginação. Talvez eu ouvi apenas o típico ranger da casa e em minha paranoia acabei confundindo com uma batida.

Knock. Knock.

Não, dessa vez definitivamente não foi a minha imaginação. Droga! Só pode ser algum pivete idiota esperando que eu apareça na janela para que ele possa me assustar e jogar pedras em mim. Não, não devo pensar nisso. Tenho que parar com essa paranoia. Além disso, ele está lá fora, e eu estou aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada eu sei que estou seguro. Monstros não existem. Eu ainda não reagi, talvez esse pirralho pense que não estou aqui ou que tenho um sono pesado e vá embora.

Knock Knock.

Não deve ser uma criança. Nenhuma criança ficaria tanto tempo esperando por uma reação minha; ela já teria se entediado e ido embora. Então, o que seria? Por que um serial killer me escolheria entre tantas pessoas? Pense logicamente. Monstros não existem. Não fique paranoico. Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Mas, e se não for um monstro ou algum tipo de assassino, o que seria? Eu só tenho que dormir e talvez ele vá embora.

Knock. Knock.

Oh Deus! Não consigo pensar em um barulho que eu possa odiar mais do que essas batidas persistentes! Por favor, vá embora! Deixe-me em paz! Não tenho como escapar. Ele vai entrar e fazer coisas terríveis comigo! Tenho que respirar fundo. Posso sentir meu coração pulando em meu peito. Só tenho que relaxar.

Monstros não existem. Lembre-se, ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Não posso deixar o medo me dominar. Só tenho que dormir e não mover um musculo.

Knock. Knock.

Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Monstros não existem. Só tenho que dormir e rezar para que essa coisa vá logo embora.

Knock. Knock.

Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro.

Lágrimas de medo começam a escorrer pelo meu rosto. Monstros não existem. Monstros NÃO existem. Começo a sussurrar para mim, “Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro. Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro.”

Knock. Knock.

NÃO AGUENTO MAIS ISSO! Vou ficar maluco ouvindo essas batidas! Se eu pudesse pelo menos ver o quê esta fazendo isso eu ficaria em paz! Tenho que respirar fundo. E repetir mais uma vez, “Ele está lá fora, e eu aqui dentro, enquanto eu não ouvir a janela sendo quebrada estarei seguro.” Tento respirar calmamente. Meu coração parecia que ia estourar a qualquer momento. Lentamente começo a virar a cabeça para olhar a janela.

Meu coração afunda em meu peito e o medo quase me deixa paralisado.

Eu virei a cabeça para o olhar a janela.

Eu virei a cabeça para perceber que a criatura pálida com olhos negros brilhantes e um sorriso assustador já estava aqui dentro o tempo todo... batendo em minha janela.

Créditos

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Familyvacation1.com

Olá galera, sou novo no blog, esse é meu primeiro post. Espero que gostem
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Esses são os relatórios recuperados do detective aposentado Davis Lombard. Esses relatórios são da época em que o detetive trabalhava no caso que agora é conhecido como “O Senhor dos Túmulos”. Pouco tempo depois de sua aposentadoria e eventual morte, a delegacia onde trabalhava foi destruída por um incêndio cuja causa é desconhecida.

Um amigo meu, que trabalha na área de casos arquivados, conseguiu esses relatórios. Eu não sei o motivo, mas ele me pediu que não os perdesse... e não deixasse que fossem pegos. Eu não sei quem poderia tentar tomar esses relatórios de mim, mas aqui estão eles. É melhor digita-los e espalha-los para que o caso não seja esquecido. (Nota: Os fatos relatados ocorreram no verão de 2004 em Richmond, Virgina.)

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04/06/2004

O caso de hoje é particularmente cruel e anormal. Uma família de 4, todos enterrados em uma cova rasa no quintal, e sem digitais. As crianças foram violentadas, estranguladas, e enterradas. Os pais também foram enterrados, com os braços e pernas quebrados. Os ossos estavam partidos em vários pedaços. Seja quem for esse miserável… é um filho da mãe doente.

27/06/2004

O assassino atacou outra vez, e agora ele foi mais ousado e brutal. Ele atacou uma casa em um condomínio fechado. Uma família de 3. Outra vez o mesmo cenário. Criança violentada, estrangulada e enterrada. Pais com braços e pernas quebrados e enterrados enquanto ainda estavam vivos.

Mas dessa vez o miserável incendiou a casa e deixou uma mensagem enrolada em um pedaço de papel na boca da mãe. Eram letras difíceis de compreender, mas depois de uma boa análise a frase “EnTerraDOs E LimPos” poderia ser lida.

17/07/2004

Tentamos chamar os federais, mas eles também não conseguiram descobrir muita coisa sobre esse louco. Ele nunca deixa fluidos ou digitais. Nunca deixa falhas.

02/08/2004

Acho que finalmente descobrimos uma conexão entre as duas famílias. Parece que ambas visitaram o site familyvacation1.com. Encontramos esse site após analisar o papel onde o filho da mãe deixou a mensagem, havia um pequeno logo do site estampado no papel.

Checamos o computador da primeira família e descobrimos que eles visitaram o site dois dias antes de serem mortos. O site oferece férias de qualidade com preços razoáveis. O site pedia um endereço, o telefone e o pagamento quando um representante fosse enviado ao endereço. Achamos que entregando o endereço de um dos nossos pontos poderíamos pegar esse tal de representante e leva-lo em custódia.

05/08/2004

Eu… por onde começo?

Hoje tentamos preparar a ‘armadilha’ para o representante, mas enquanto esperávamos no endereço marcado o telefone tocou de repente. A pessoa, ou... seja lá quem foi que estava na outra linha, falou com uma voz rouca, “Não pode me enganar” e desligou. Como ele sabia? Será que estava nos espionando?

08/08/2004

Mais casos e mais corpos estão surgindo. Não sei o que fazer. Enquanto escrevo isso sinto que estou lentamente perdendo a minha sanidade. Tudo parece tão irreal. Meu psicólogo me recomendou que tirasse uma folga. Ou talvez me aposentasse. Mesmo assim tenho que continuar de olho no caso.

28/08/2004

Visitei o site mais uma vez. Dessa vez havia um vídeo. O vídeo mostrava uma figura encapuzada andando por uma rua escura e cortava rapidamente para uma apresentação de slides mostrando fotos de famílias, algumas reconheci como as famílias que já foram mortas e outras... eram as famílias dos meus colegas oficiais incluindo... a minha. Estou escrevendo esse relatório para mostrar que o caso está indo além da Virginia ou mesmo do país.

O site tem links para outros sites associados. Sites em linguagem Russa, Francesa, Alemã, Espanhola... quem estiver lendo isso, saiba que o melhor a fazer é se afastar desses sites que pedem endereço, cartão de crédito, ou telefone, mesmo aqueles que parecem legítimos. Confiem em mim, eles não são o que parecem. Se você --------- (fim do relatório)

(O detective Lombard foi encontrado enterrado no quintal de sua casa agarrado aos relatórios. Dois dias depois todas as evidências do caso foram perdidas em um incêndio. Nada foi recuperado.)

Créditos